Deputado Chico Gomes denuncia crime ambiental sem precedentes na cidade de Cajari.

O deputado Chico Gomes (DEM) denunciou da tribuna da Assembleia, na sessão desta quarta-feira (8), um crime ambiental que está sendo praticado por empresários do Sul do País, no município de Cajari, com o arrendamento de terras para o plantio de arroz nas áreas dos campos inundáveis. “Os invasores plantadores de arroz estão construindo canais de drenagem nas águas do Baixo Parnauaçu, que é um grande alagadiço do qual as populações ribeirinhas tiram seu sustento”, afirmou.

Segundo Chico Gomes, esses canais, além de drenar as águas, eles impedem o repovoamento de peixes das mais diversas espécies que migram do rio Pindaré, que são o sustento de milhares de famílias da região. “O igarapés Jejui, Ilha dos Bois e Parnauaçu, que estão citados na Lei Orgânica dos Municípios como Área de Preservação Ambiental (APA), desaparecerão com a construção de valas nas cabeceiras desses afluentes”, explicou.

 De acordo com o deputado, os venenos lançados pelas aeronaves atingirão as casas em torno dos campos de plantação, com conseqüências ainda imprevisíveis para as crianças, jovens, adultos e idosos. “Os animais silvestres como a capivara, jurará, jacaré, marreca, jaçanã, japiaçoca, jaburu e outros desaparecerão. É um crime ambiental sem precedentes”, protestou.

 Chico Gomes pediu que a Secretaria do Meio Ambiente, que dá as licenças ambientais para a implantação desses projetos, acione o Ibama para fiscalizar o que está acontecendo naquela região. “Nós fazemos aqui um apelo ao Batalhão de Polícia, que preserva o meio ambiente, para que eles socorram aquela população, socorrer aquela área preservada ao longo dos séculos e agora destruída, perversamente destruída, apenas com a ambição do lucro”, apelou.

Na visão do deputado, além da destruição do meio ambiente, ali poderá se dar um conflito entre aquela população que vê o seu meio de vida sendo destruído, com aqueles plantadores de arroz inescrupulosos que chegam àquela região para ter apenas o lucro fácil.

Fonte: Assembléia Legislativa – MA.